sábado, 17 de dezembro de 2011

Poema 4 - Se perderes metade de ti


Se perderes metade de ti
ou os goivos do jardim secarem,
ainda te resta o silêncio e a tarde
para murmurares o nome
que arde no cego coração.

As constelações continuam firmes
e nenhum sofrimento bastará
para alterar a rota dos planetas.

De tudo o que alguém significa para alguém,
talvez nada chegue para um poema:
uma flor, o olhar vazio,
a taça da vida no chão despedaçada.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.