quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Poema 5 - São assim os dias de Natal


São assim os dias de Natal,
pequenas figuras em terra de musgo,
segredo a desvendar ao cair da noite,
as mãos abertas para o que há-de vir.

Podem levar-nos a casa
e incendiar o que mais amámos.
Podem trazer a noite
quando o sol brilha ao meio-dia.
Podem silenciar o coração
se ele canta no furor da manhã.

O que não podem
é roubar a memória da estrela no céu,
o ciciar do anjo sobre a areia do deserto,
o esplendor de um presépio
nascido para a desmedida do teu olhar.

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