quarta-feira, 2 de julho de 2014

O amor ao socialismo

Marc Chagall - A Revolução (1937)

Há sempre qualquer coisa de misterioso nesta relação do mundo do dinheiro com os regimes políticos mais estranhos. Toda a gente conhece a retórica anti-comunista da actual governação. Mas também todos sabemos que, na privatização da EDP, parte do património nacional foi vendido a uma empresa estatal da República Popular da China, passando esse património a ser gerido segundo directrizes do Partido Comunista Chinês. Agora  parece que a família Espírito Santo, devido à confusão em que estão os seus negócios, olha esperançosamente para, pasme-se, o fundo soberano da Venezuela. Quem diria que uma instituição estatal de um governo esquerdista sul-americano surge como hipótese salvadora do mais emblemático grupo capitalista português? Isto deve ser posto na conta das vitórias do liberalismo ou do socialismo?

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