sábado, 2 de janeiro de 2016

Utopia, imaginação e razão

Hans Holbein, the Younger - Sir Thomas More (c.1527)

O Público assinala hoje os 500 anos da publicação de Utopia, de Thomas More. Anuncia que vai realizar uma série especial sobre velhas e novas utopias. Aguardemos. O texto renascentista de More é um daqueles que lançou uma longa sombra, cujos efeitos chegam aos nossos dias. Como já escrevi aqui, tenho uma difícil relação com as utopias. Não tanto enquanto género literário e como exercício da imaginação produtora. Não são o género literário que mais me motiva, mas não sinto por ele especial rejeição. O meu problema nasce com a transição da utopia da esfera da imaginação para a da razão política. Quando os homens, inflamados por uma imaginação transbordante, usam a razão para realizar politicamente a utopia que os abrasa, o resultado nunca é bonito de se ver.

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