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Julius Strakosch, Fin du Jour, 1895 |
O crepúsculo que antecede o fim do dia é um palco magnífico para a grande representação da melancolia. Esse dia que acaba gera no espectador uma tristeza profunda. Talvez todo o fim esteja desenhado para deixar esse rasto melancólico em quem o vê aproximar-se. Contudo, o cair da noite tem em si um poder mais persistente e verrumante. O coração vê a luz, aquela que por algumas horas iluminou o espírito, ceder o seu império às trevas. O horizonte que se oferecia ao labor dos olhos torna-se numa cortina negra, de onde o prazer de olhar cede o lugar ao temor do que a noite pode trazer.
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