Se os europeus estão alinhados com os americanos, isso deve-se, em primeiro lugar, ao facto de terem interesses comuns. Os governos europeus, eleitos democraticamente, têm manifestado consecutivamente o seu interesse na cooperação com os EUA, não por submissão, mas porque acham que é benéfico para os respectivos povos. Aliás, a presidência de Donald Trump e a ameaça do fim da NATO e de ruptura com a Europa deixaram em pânico não poucas capitais europeias. Além dos interesses económicos e militares há outro motivo. Entre europeus e americanos há um fundo comum, uma cultura e um modo de vida partilhados. Esse modo de vida assenta na liberdade, na possibilidade de cada um dirigir a sua vida do modo como entende. Por muito realista que se seja na análise das relações internacionais, não é possível pôr de lado, na relação entre EUA e UE, esse factor.
Imagine-se, agora, que os países da União Europeia rompiam a colaboração com os EUA. Que se extinguia a NATO e se fechavam as portas aos interesses americanos. Não é preciso muita imaginação para perceber como os povos europeus ficariam à mercê dos inimigos visíveis e dos invisíveis. A Europa tornar-se-ia, de imediato, um rebanho de cordeiros na mira de matilhas de lobos de diversas proveniências. E por muito que os europeus cressem na paz e se mostrassem pacíficos, isso não alteraria o desejo de domínio de terceiros. Pelo contrário. No lugar de submissão aos EUA, Portugal e os países da União têm na aliança com os americanos um escudo que protege um modo de vida que não sendo o do paraíso, ainda assim é o melhor que se encontra por esse mundo fora.
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