sábado, 31 de dezembro de 2011
Um péssimo ano propício
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Poema 7 - Quando a noite caiu sobre a terra
A racionalidade chinesa
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Poema 6 - Esqueço a terra, o céu, a cinza da minha aldeia
Uma questão de viabilidade nacional
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Homem novo
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
A maravilhosa morte de Kim Jong-il
Pobres
sábado, 24 de dezembro de 2011
Natal - credo quia absurdum
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Poema 5 - São assim os dias de Natal
Verdade e mentira
domingo, 18 de dezembro de 2011
O grau zero da política
sábado, 17 de dezembro de 2011
Poema 4 - Se perderes metade de ti
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
A Igreja e a sexualidade
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Fim de um exercício pueril
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
O jogo da exclusão
Moral
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Nostalgia
domingo, 11 de dezembro de 2011
Poema 3 - A cidade adormece ferida de luz
Lars von Trier, Melancholia
sábado, 10 de dezembro de 2011
Esperança
O que podemos esperar? Assim formulava Kant a questão que animou o princípio de esperança da tradição iluminista europeia. Durante uma parte substancial do século XX, o problema da esperança tinha uma tonalidade social e política. Hoje em dia, a esperança apenas toca as vidas individualizadas, o poder de realizar os projectos próprios. Mas as questões que nos devem atormentar são outras: precisamos da esperança para quê? Que medo toca o espírito para este reclamar da espera um princípio de salvação? Não será a esperança o sintoma de uma doença?
Democracia
Corre um grande lamento pela conduta não democrática em que a União Europeia, e alguns dos seus membros, se atolam. Mas aquilo que se esquece é que os regimes políticos são uma questão de conveniência e de oportunidade. A democracia não é o fim moral da política, mas uma mera possibilidade entre outras, que as circunstâncias ditarão a ocorrência ou a morte. Iludir o carácter circunstancial dos regimes democráticos é entrar num estado de negação da realidade.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Política
De que trata a política? A partir de determinada altura, como salienta Michel Foucault, a política trata do pastoreio do rebanho. Um bom político é um bom pastor, aquele que não perde as ovelhas que lhe foram confiadas. Mas que temos nós a ver com isso? Ansiamos ainda o exercício do pastoreio? Não. Há muito tempo que o espírito se deslocou desse estado infantil. A política é um prolongamento da infância, dessa infância campestre onde se sonha conduzir, por montes e vales, o rebanho. Mas o espírito, mesmo se já perdeu todas as ilusões dessa longínqua infância, não deixa de sentir a nostalgia dos começos. Cada vez que no Kyrie Eleison se falar de política, isso deverá ser compreendido como um exercício pueril, um tributo a essa infância perdida. Toda a reflexão política pertence ao âmbito da puericultura.
As lágrimas amargas de Elsa Fornero
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Crucifixão
A experiência da cruz. Viver a experiência da contradição até ao paroxismo. Alguns, bem poucos, experimentam a contradição que os dilacera por dentro, esse combate entre luz e trevas, essa divisão entre acção e pensamento, essa guerra entre vida e morte. Mas todo o seu esforço tende para a cura, para a resolução do conflito e para a pacificação de si. Outros, muito mais raros ainda, têm um destino cruel, o de viver sempre na encruzilhada, impossibilitados de fugirem ao dilaceramento e de resolverem o conflito. São os que fazem a experiência da crucifixão. Não morrem na cruz, vivem crucificados.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Poema 2 - Se alguém a morte em si encerra
Vazio
Há quem seja vazio e há quem tenha dentro de si o vazio. Os que são vazios coincidem consigo mesmos. O ser e a vacuidade são a mesma coisa, e são felizes na passividade de serem nulos. Aqueles, porém, que trazem o vazio dentro de si aspiram à pura plenitude, mas uma força sombria arrasta-os, como uma vertigem, para o puro nada. A tensão entre plenitude desejada e o vazio que cresce é o princípio da própria morte.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Vaidade
A vaidade que se sabe vaidade é já o primeiro passo da pura humildade. Que maior humilhação do que a de saber o ridículo com que se cobre aos olhos dos outros e, ainda assim, persistir no exercício, agora virtuoso, da enfatuada ostentação de si?