Jovens inglesas prostituem-se para pagar estudos superiores. As
ilusões sobre a natureza do mundo social estão a cair uma a uma. O que está em
causa não é tanto o facto de haver quem se prostitua, mas o do acesso à
universidade se tornar num bem cada vez mais caro e reservado. Durante muito
tempo vivemos na convicção de que a virtude social residia nas estratégias de
inclusão, daí a retórica da universidade para todos. Isso tirou-nos o
discernimento para perceber que toda a vida social, até nas sociedades
comunistas, se regula pela diferenciação e pela exclusão. A inclusão deriva da necessidade
do outro imposta pela fragilidade humana. A exclusão, porém, é a assinatura da
minha liberdade e do meu poder. Não há quem não a faça.
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