Um primeiro-ministro é nomeado para manter a comunidade coesa e
defender os interesses dessa comunidade, conciliando as partes que a compõem. Como
referiu Michel Foucault, o governante é como o bom pastor, aquele que não perde
qualquer das suas ovelhas, e a todas conduz com zelo, e com todas se preocupa.
Ora, quando Passos Coelho manda os professores excedentários emigrar, qualquer
coisa de inédito se está a passar. Em vez de encontrar soluções políticas para
os cidadãos que lhe cabe governar, manda-os desistir da sua pátria. Outros que
se ocupem deles e os governem. O pensamento de Passos Coelho roça a pura
indigência, o grau zero da política.
O pensamento de Passos Coelho é uma "impossibilidade". Não existe!
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