Como foi possível que, nos séculos XIX e XX, a retórica da construção social
do homem novo tivesse tanto sucesso? Como fomos capazes de nos enganarmos ao ponto
de crer na possibilidade de um paraíso terrestre, do qual estariam eliminados
todos os safados? A humanidade é um depósito inesgotável de safados e de safadezas. A ideia do
homem novo não é propriamente comunista, como muita gente pensa, mas cristã.
Veja-se como se portam estes pobres padres à volta da sua pequena propriedade
na Basílica da Natividade, em Belém. Se nem do espírito nasceu um homem novo,
como seria possível fazê-lo emergir das manigâncias e arranjos sociais? Por
detrás de um sorriso simpático e afável, esconde-se sempre o velho macaco.
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