sábado, 10 de dezembro de 2011

Esperança

O que podemos esperar? Assim formulava Kant a questão que animou o princípio de esperança da tradição iluminista europeia. Durante uma parte substancial do século XX, o problema da esperança tinha uma tonalidade social e política. Hoje em dia, a esperança apenas toca as vidas individualizadas, o poder de realizar os projectos próprios. Mas as questões que nos devem atormentar são outras: precisamos da esperança para quê? Que medo toca o espírito para este reclamar da espera um princípio de salvação? Não será a esperança o sintoma de uma doença?

1 comentário:

  1. A esperança não é uma espera mas um anseio, um desejo de renovação, de mudança. Não creio que seja o sintoma de uma doença mas sim uma espécie de saúde mental e espiritual que nos permite avançar, apesar da catástrofe.

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