A emigração de portugueses para o Brasil, como para outros lados, é o
sintoma do principal problema político português. Reduzido à sua dimensão
peninsular, Portugal dificilmente encontra forma de alimentar condignamente a
sua população. Depois de duas décadas de equívocos, onde a adesão à Europa, com
as políticas subsequentes que todos conhecemos, e a imigração ocultaram o
problema, ele voltou, com as crises do subprime
e da dívida soberana, de forma acintosa. Com efeito, aquilo que está em jogo é
própria viabilidade do país. Portugal anda há muito a discutir a questão do
défice externo e da dívida soberana, mas isso são apenas aspectos particulares
da questão mais geral da viabilidade da nação. Era sobre a forma de a tornar
viável que deveríamos estar a discutir. Arriscamo-nos a ficar presos aos
sintomas, como a emigração, sem conseguir perceber a doença.
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