quarta-feira, 15 de outubro de 2025

O Silêncio da Terra Sombria (25)

Celestino Alves, Canal de Saint-Denis, 1962

Dormir no vento da tarde

um sono de ervas azuis

nos interstícios do soalho.

O sol deixa rastos de cal

na noite que se aproxima,

no coração adormecido

na fúlgida luz das trevas.


[1993]

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