Kyrie Eleison
sábado, 8 de novembro de 2025
Mariana Mortágua e o Bloco de Esquerda
sábado, 25 de outubro de 2025
O Silêncio da Terra Sombria (26)
quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Comentários (33)
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| Paul Klee, Arrebato de miedo III, 1939 |
terça-feira, 21 de outubro de 2025
Diálogos aporéticos (11) - A grande noite
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| Yale Joel, Couple embracing late at night on the Schoffelgasse, Zurich, 1948 |
- Adeus, tenho de ir.
- Mas, tínhamos combinado...
- Não me lembro de ter combinado nada.
- Estás a brincar.
- Talvez sofra de uma estranha amnésia.
- Como é possível? Não tens idade para isso.
- Meu querido, a deficiência da memória não tem por causa
única a idade.
- Os planos que ontem fizemos para esta noite.
- Ontem? Onde?
- Quando nos encontrámos no café.
- Ah, sim, encontrámo-nos no café é verdade.
- Esta iria ser a nossa primeira e grande noite de amor.
- Grande, mas ainda não percebeste?
- O quê?
- Esta é a noite mais pequena do ano, como pode ser uma grande noite de amor?
- ...
- Adeus, dorme bem.
domingo, 19 de outubro de 2025
Ensaio sobre a luz (132)
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| Albert de Rotschild, Am Hallstätter See, 1896 |
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Autárquicas em Torres Novas
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
O Silêncio da Terra Sombria (25)
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Nocturnos 132
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| Artur Bual, Hoje VI, 1965 (Gulbenkian) |
sábado, 11 de outubro de 2025
Meditações melancólicas (96) Dissonância
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| Charles J. Martin, Storm Landscape with Railroad Tracks, 1929-1930 |
quinta-feira, 9 de outubro de 2025
Prosa dos dias (34) Os grandes acontecimentos
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| Thomas Hoepker, Celebrating the German reunification in Berlin. Waving the German flag at Berlin’s Brandenburg Gate. Berlin, Germany, October 3, 1990 |
terça-feira, 7 de outubro de 2025
Perfis 19. O leitor
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| David Turnley, Man Reading Paper Through Magnifier, 1975 |
domingo, 5 de outubro de 2025
O Silêncio da Terra Sombria (24)
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
Terramotos, tsunamis e incêndios
quarta-feira, 1 de outubro de 2025
A mulher como problema político
Não é ainda muito claro na Europa, mas já o é bastante nos
Estados Unidos. O principal problema político que assola o mundo ocidental e
que fornece o combustível para a progressão da direita radical e da
extrema-direita é a mulher. Melhor: é o papel da mulher na sociedade. A
imigração tem surgido como um factor de arregimentação desses quadrantes
políticos. Contudo, para um observador mais atento são os direitos das mulheres
que estão a mobilizar muitos votos masculinos – em especial nos eleitores
jovens, mas não só – para soluções políticas radicais. Na Europa – talvez com a
excepção de Espanha – o problema é mais dissimulado, mas aquilo que está a
acontecer nos EUA chegará, mais tarde ou mais cedo, a este lado do Atlântico. A
retórica extremista usa a bandeira da luta contra o feminismo, mostrando este
como uma deriva radical. O que está, porém, em causa, o que mobiliza tantos
homens para a extrema-direita?
Em primeiro lugar, a autonomia sexual das mulheres. Não
tenhamos qualquer ilusão sobre o assunto. O facto de os homens não poderem, no
campo da sexualidade, dominar e impor a sua vontade às mulheres é um factor
perturbante para parte significativa do campo masculino. Um outro factor é a
escolarização. As mulheres, actualmente, têm uma mais alta escolarização do que
os homens. A importância da formação académica, nas sociedades actuais, é de
tal modo grande que está a gerar uma nova clivagem de classe entre pessoas com
formação superior – na sua maioria, mulheres – e pessoas sem essa formação.
Este é também um factor de ressentimento com muito peso no eleitorado
masculino. Por fim, o desaparecimento de empregos, relativamente bem
remunerados, que solicitem competências vistas como masculinas, baseadas na
força física, criando um problema aos homens que apostaram pouco nos estudos.
Estes três factores – todos eles presentes nas sociedades ocidentais – estão a gerar uma radicalização política de parte dos homens, cuja finalidade é limitar os direitos das mulheres, tentando fazê-las retornar a um estado de dependência, limitando drasticamente a autonomia sexual, profissional e, plausivelmente, académica das mulheres. E isto pode mesmo acontecer, caso as mulheres e as forças democráticas não se mobilizem para enfrentar o problema. Esta deriva antifeminina é um sintoma da decadência do Ocidente. Os eleitores estão mais preocupados em voltar ao século XIX – sonhando com fadas do lar – do que enfrentar os grandes desafios que a revolução tecnológica e a afirmação de potências industriais, políticas e militares extra-ocidentais colocam. Uma fantasia, mas fantasias têm colocado ditadores no poder.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Comentários (32)
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| Anónimo Romano, Escena de gineceo (Villa Imperial. Pompeya) |
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
A persistência da memória (32)
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| Dr. Konrad Biesalski e Dr. Krüger, Schmied Am Ambos, 1899 |
sábado, 20 de setembro de 2025
O Silêncio da Terra Sombria (23)
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
Linguagem comum
terça-feira, 16 de setembro de 2025
Simulacros e simulações (75)
domingo, 14 de setembro de 2025
Beatitudes (82) Jogo
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| John Dumont, The Dice Players, 1891 |










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