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Fernando Lemos, Jardim, 1949 (Gulbenkian) |
As
árvores recreiam-se com jogos de luz e sombra. Com cuidado, como uma criança absorvida no exame de uma realidade desconhecida, seleccionam os raios
luminosos de que se apropriam e os que deixam passar, para que na terra se
desenhem infinitas configurações, que elas, na expressiva mudez em que vivem,
contemplam com prolongado prazer.
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