Henry G. Peabody, Wing and Wing, 1889 |
Ao reflectirem-se nas águas cintilantes, os pequenos barcos à vela tornam-se pássaros aquáticos. Voam ao deslizar pelo lago sonolento. Cantam velhas canções de marinheiros, palavras perdidas nos arcanos da memória, no poço mercurial de cada dia. A água é um espelho onde todas as metamorfoses são possíveis. Ao olhá-la, o viandante participa na secreta beatitude que a natureza esconde no alabastro da sua pele e no âmbar dos seus desejos.
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