Riccardo Schweizer, ¡Ay que trabajo me cuesta quererte como te quiero!, 1994 |
O leitor consegue imaginar uma eleição presidencial nos EUA
em que os Democratas ou os Republicanos – os grandes esteios do regime americano
– não apresentem um candidato sério para disputar as presidenciais? Não, não
consegue. É verdade que o regime norte-americano é presidencial e isso implica
uma grande luta pela presidência. Agora que Marcelo Rebelo de Sousa confirmou a
sua recandidatura é necessário olhar para uma das perversões que se instalou na
democracia portuguesa. O nosso regime é semipresidencial e também, na prática
referente à Presidência, semidemocrático.
O problema coloca-se na estratégia dos grandes partidos perante um Presidente de cor diferente e de popularidade segura. Desistem de apresentar candidato que possa tentar disputar a eleição ou, então, apresentam um candidato que tem muitas hipóteses de perder por grande diferença, para não incomodar o recandidato, como foi o caso de Ferreira Amaral contra Jorge Sampaio. A situação foi ainda pior nas recandidaturas de Mário Soares e de Cavaco Silva. Será também o caso da recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Os socialistas desistiram democracia e de procurarem uma alternativa séria ao actual incumbente.
Nesta democracia de segunda só se luta por um segundo lugar. Lamentável!
ResponderEliminarUm abraço
Completamente lamentável, de facto.
EliminarAbraço
Otima visão sobre as presidenciais. É o que temos...
ResponderEliminarÉ o que temos, exactamente. Muito obrigado.
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