sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Beatitudes (35) Dia de Natal

Egon Schiele, Sagrada Família, 1913
Não há como o Dia de Natal para lançar o véu da ilusão sobre a nossa memória. Mais que qualquer outro dia, ele faz-nos caminhar no tempo em sentido inverso. Paramos na infância, e deixamo-nos banhar na perfeição que nela imaginamos, nesses tempos gloriosos, cuja glória nasce da nossa inocência, da certeza de não voltarmos a eles e no prazer que todos temos em alimentar, ainda que apenas por instantes, uma bela fantasia. 

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