Gerhard Richter, Abstraktes Bild, 1994 |
Falavas do sol. Maio era uma maré de
azul,
perfume oblíquo a ornar o sopro
dos dias,
a clareira sôfrega desenhada sem
demora
na cratera de cinza ou na esquina de
erva.
Que palavras de sombra terei para
te dar?
É uma casa geométrica, macerada
na névoa do cais, na brancura dos
gestos.
Olho em teus olhos, o limo das
lágrimas
a pulsar-me na língua, a
imperfeição
com que roças as pedras da primavera.
Cuida da memória desta manhã, da luz
omissa da roseira, do pó que te cai
do corpo,
promessa de chuva no herbário das mãos.
Muito bom.
ResponderEliminarUm abraço
Obrigado.
EliminarAbraço