sábado, 20 de novembro de 2021

Vírus, clima, PSD e futebol

1. O vírus resiste. Depois de uns meses de acalmia, volta o espectro do confinamento. Isto apesar da vacinação em Portugal ter corrido muito bem. O problema é que a vacinação, embora sendo uma condição necessária para combate à COVID-19, não é suficiente. A etiqueta introduzida pela pandemia – lavagem frequente das mãos, uso de máscara e afastamento entre pessoas – continua a ser necessária. Veremos se este ano, com as festividades do Natal e do Ano Novo, não se cometem os erros que se cometeram o ano passado. O vírus não está derrotado. Resiste.

2. Cimeira do clima. Sempre que há uma cimeira referente aos problemas do clima deparamo-nos com uma enorme expectativa inicial e uma desilusão no fim. A deste ano não foi excepção. Os países mais populosos do mundo precisam de carvão. Sem ele, muito provavelmente, os respectivos regimes políticos implodiriam. A implosão dos regimes chinês e indiano poderia ser também uma enorme catástrofe. Talvez valesse a pena congregar esforços e dinheiro na ciência e na tecnologia – tal como aconteceu com a vacina contra a COVID-19 – para apressar a eficiência e a disponibilidade de energias menos sujas que o petróleo e o carvão.

3. O PSD. Olha-se de fora para o principal partido da oposição e um dos construtores do regime democrático e fica-se perplexo. Tanto Rui Rio como Paulo Rangel acabam por ser estranhos figurantes. Rio é um actor que, ao fim de todos este tempo, ainda não encontrou o seu papel. Rangel, por seu lado, está convencido de ter um papel, mas não parece ter dimensão para o que deseja. Não haverá mais ninguém no PSD para dar rumo ao centro-direita? Quem se ri é André Ventura. O seu grande inimigo, de momento, é o PSD. Depois de ter dizimado o CDS, sonha fazer o mesmo ao PSD. É possível que o aumento exponencial que se espera de deputados do Chega seja feito à custa da bancado do PSD.

4. Portugal – Sérvia. Uma confissão, para começar. Não percebo grande coisa de futebol. Em tempos gostei do jogo, hoje é-me quase indiferente. A meio da primeira parte do Portugal-Sérvia, decidi abrir a televisão e ver a partida. Fiquei sempre com a sensação de que a Sérvia tinha mais três ou quatro jogadores que Portugal. Onde estivesse a bola, havia muito mais sérvios que portugueses. Depois, ao contrário dos portugueses, os sérvios queriam mesmo ganhar o jogo. Só vi uma selecção em campo, a que ganhou. Embora não baste, para ganhar é preciso ter vontade de o fazer. Nunca percebi isso nos jogadores portugueses.

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