Francisco Farreras, Coudrage N.º 118, 1985 |
Recolho-me à terra calcinada,
as costas torcidas
pelo peso da penumbra.
A glória do fogo ateou
ondas de breu
no azedume das terras.
Fornalhas de morte habitam
nos sonhos de chumbo,
na fria fantasia das trevas.
Sou a sombra perdida
na incendiada
sonolência do entardecer.
Abril de 2022
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