Imagem obtida através de IA da CANVA |
Sons e silêncios, pedras,
ervas, águas,
Verdes prados cerzidos na memória.
Nas folhas da figueira, corre a seiva,
O sopro puro e quente da tua boca.
P’la rua, se caminhavas, desprendia-se
Da luz um raio de âmbar, e dos gestos,
Que de ti se afastavam, irrompia,
Na distância, a luz da Primavera.
Nas sílabas abertas em teu rosto,
Vincado pelos dias de branca névoa,
Ouve-se ainda altivo e luminoso
O sonoro descanso de tua voz,
Mar de melancolia, terra de fogo:
Lácio, língua, silêncio, branca ardósia.
2007
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