Imagem obtida através de IA DALL.E 2 da OpenAI |
Que nome ao rio lhe davas, esse
rio
Que vejo pobre e solto entre margens?
Quando o Sol inclemente te cansava,
As suas águas de luz te acolhiam.
Suspenso pelas margens frias do Outono,
De amargo fel rasgadas, tão parado
Na lânguida quietude dessa tarde,
Entregavas da língua o prostrado
Murmúrio, velho canto para sempre
Na treva soterrado. Navegante
Não és, nem do rio tens saber sagrado.
Os deuses, os teus deuses embarcaram,
Rumaram para longe, para um céu
De vidro transparente na verde água.
2007
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