Fernando Calhau, sem título #481, 1980 (Gulbenkian) |
O olhar indeciso suspende-se sobre a maré de carvão grafitada na brancura da página. O coração hesita, os olhos confessam não saber se, na ondulação simulada, se vê a agitação do mar ou o devaneio de uma seara soprada pelo vento. Só a escuta abre o corpo para o simulacro do caos que transpira sob a ordem apolínea inventada pelo desejo do coração, pela gramática do olhar.
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