Antonio Tápies, Composición, 1946 |
Uma cidade de brancura e sal espera-nos.
Que sabemos nós de outras
gerações,
traições mais antigas, a
indolência do espaço,
a leveza do centro incendiado do
teu corpo,
tão trémulo, tão aberto pela
secura das mãos.
Póstumas, presas na âncora da
morte.
Para lá desta janela não somos. A tristeza
dos cedros, dos olhos na força da
cúpula,
no cântico azul da tua alma. Olho
a água e
estremeço: que tempo nos deu este
caminho,
onde o abrigo para as noites de
inverno,
os corpos a cantar na luz do
próprio lume?
(1981)
Muito bom.
ResponderEliminarAbraço
Obrigado.
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