Antoine Claudet, Still Life in Attic, 1855 |
A memória é um sótão onde arrumamos uma massa composta por múltiplas naturezas mortas, objectos a caminho da poeira da indiferenciação. Os vestígios que ali vivem vão resistindo, mas o passar dos dias, as ocupações do mundo e o cansaço fazem perigar a persistência daquilo que ali guardamos. Por vezes, um súbito impulso conduz-nos a esse lugar de abandono e trazemos para a vida aquilo que pensámos estar morto há muito.
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