Anónimo, Agnes, entre 1900-1920 |
Reclinada sobre o livro, a mulher entra num outro mundo. Atrás de si fica a dura máscara do quotidiano, com o peso da estrita necessidade e os imperativos que a vida distribui ao acaso na hora do nascimento. A memória desloca-se então da casa do passado e, sem passar pelo beco do presente, entra na grande avenida do futuro. Tudo no seu corpo é expectativa e o próprio desejo esquece qualquer objecto real da sua afeição e e abre-se aos objectos imaginados, mais belos, mais dignos de ser amados.
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