segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

O progresso moral da humanidade (5)

Alexey Titarenko, Crowd 2, St. Petersburg, Russia, 1993
Não se trata sequer do comportamento em grupo assumir os contornos de uma manifestação do mal, como tantas vezes acontece, quando os homens levados pela paixão se sentem confortáveis no meio da massa e cometem os crimes mais hediondos. O próprio deslocar-se em grupo, formar uma massa, mesmo que o motivo seja tão prosaico como ter de ir trabalhar para enfrentar a dura necessidade, é já um sinal não desprezível de algo tenebroso. Essa necessidade de se deslocar no seio do rebanho por pouco que, aparentemente, seja desejada é um sintoma incontestável de que caso exista um progresso moral da humanidade, ele é lento, tão lento que talvez ninguém dê por ele.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.