Louise Binder-Mestro, Au Jardin, 1905 |
O jardim, lugar onde os corpos repousam da algazarra da cidade e a cabeça se inclina em doce rêverie. Tudo, ali, é feito para que o esquecimento cresça e o mundo, como um espectro sem rosto, permaneça longe, tão longe como se não fora mais do que uma fantasia nascida do ócio, um pesadelo gerado pela turbulência do sono. No jardim, a vida é um exercício da mais pura e maternal beatitude, como se os monstros não se escondessem na raiz de uma hera ou na ramagem das tílias.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.