António Areal, Opus II, n.º 78, 1963 (Gulbenkian) |
A chama ateada do passado
rumoreja se chega o Verão,
uiva se perdida pela estrada.
Pela manhã, desenha-se
a raiva no ronco do dia,
o céu azul recoberto
de arbustos e aves e astros.
E as horas sorriem na sombra,
presas na pedra da memória,
presas na água de âmbar.
A boca seca de tanto salivar.
[1993]
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