quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Ensaio sobre a luz (133)

José Pedro Croft, Et sic in infinitum (Gulbenkian)

O terrível magnetismo da luz rouba o espaço da escuridão. Rompe as densas muralhas onde as trevas se protegem e maquinam os seus planos inomináveis, conspirações feitas com o alcatrão da noite e o pez da desvergonha. Tudo, então, se alumia, os rostos minados de medo, os cantos escuros das ruas, os nomes que a memória esqueceu na cave mais negra do inconsciente.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.