Quem fez o upload deste
vídeo para o You Tube diz
que Tristão da Silva terá escrito esta canção enquanto estava preso, por ser
oposicionista à ditadura. Não consegui confirmar a história e tudo indica que seja falsa. Existem algumas
pequenas biografias na rede, mas em nenhuma delas encontrei referência
que confirmasse essa tese. Na wikipédia
refere-se o facto de Tristão da Silva ter sido oposicionista (pronto, também havia cantores românticos na oposição), mas também se diz
que nunca esteve preso, não tendo a sua carreira artística sido afectada pelas
suas convicções políticas. Por outro lado, vi, no Portal
do Fado, que a letra e a música são da autoria de Frederico de Brito, o que parece bastante credível. Independentemente
do autor e do lugar, esta canção passava bastante na rádio nos tempos do Prof.
Salazar. É uma das imagens de marca do cantor – ou do cançonetista, como então
se dizia – e faz claramente parte da música que acompanhou, nas emissoras dos anos
sessenta, as gerações que assistiam, ainda um pouco incrédulas, à afirmação, muito ponderada e respeitosa, da
televisão nesta paróquia perdida na periferia da Europa, pastoreada por um catedrático de província com a bênção de um cardeal amigo.
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