Não será Amália Rodrigues ainda hoje a alma da pátria? Até
determinada altura da vida, detestava fado e Amália era-me indiferente. Hoje,
gosto de fado e Amália é, para mim, o maior nome da música popular portuguesa.
Inultrapassável. Há muitos fados de Amália mais interessantes do que Uma Casa Portuguesa. Mas esta rubrica é
sobre a Alma Pátria, e não há nada que a Pátria goste mais do que da sua alegre
casinha. E como é a casa da Pátria? No conforto pobrezinho do meu lar, / há
fartura de carinho. /E a cortina da janela é o luar, / mais o sol que bate nela...
/ Basta pouco, poucochinho p'ra alegrar / uma existência singela... / É só
amor, pão e vinho / e um caldo verde, verdinho / a fumegar na tigela.
Mesmo quando a casa é rica e cheia, ela é pobrezinha e plena
de poucochinho. Está aqui tudo, não está?
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