Francisco Soto Mesa, 5.01.1, 2001
A tarde rasteja na luz oscilante que vem do porão vazio dos
céus. Um pombo desenha um círculo e poisa num ramo de oliveira. O mundo
compõe-se lentamente. Uma árvore, outra, o fio de uma rua, aqui e ali, as
primeiras casas. É árduo o trabalho, mas os homens persistem e avista-se já um
jardim. Os juncos reverberam com o cheiro da Primavera que se aproxima, ainda
presa ao silêncio do futuro, mas já prenhe de palavras que hão-de ser cântico
na boca das mulheres. Sobre as ervas, ignoradas, jazem as primeiras promessas.
Em breve serão feitas perante o altar da aurora.
Muito bom.
ResponderEliminarUm abraço
Muito obrigado.
EliminarAbraço