Romeo Mancini, Apocalisse, 1964 |
Basta
olhar para evolução dos números da pandemia para compreender como os
portugueses – uma parte deles, claro, mas uma parte significativa – gostam de
ser governados e, infelizmente, parecem precisar. Sob a mão-de-ferro dos
confinamentos, tornam-se o povo mais disciplinado do mundo. Devolvida a
liberdade, aliviada a vigilância, a indisciplina vai crescendo até atingir
patamares perigosos. Não sei o que é mais decepcionante, se a incapacidade de
muitos portugueses de sair dessa menoridade de que são culpados, para citar Kant,
se a capacidade do governo para crer na fantasia que lidera um povo que se
orienta pelos princípio racionais herdados do Iluminismo. Valha-nos Santa Angela Merkel.
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