Imagem obtida com IA da CANVA |
Na luz destas colunas, em teu
rosto
Macerado, coberto pelo musgo,
Desenhado na areia dos olivais,
Quantos anos passaram sem vestígio.
As paredes são pó, pedra calcária,
Abandonadas águas tão salobras.
Aves siderais pálidas de morte,
Folhas, frutos perdidos no
silêncio.
Uma palavra rasga o horizonte,
Grita-te incendiada na memória,
Ecoa na lezíria devastada.
No porão dos Invernos esquecidos,
Nas pedras arrastadas pelo tempo,
Ergue-se a sombra pura do passado.
2007
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.