Pablo Picasso, Guernica, 1937 |
Faz
agora um ano que no Brasil se deu a sequela do ataque ao Capitólio, nos EUA,
com um ataque aos órgãos de soberania brasileiros. Tanto nos EUA como no
Brasil, não despareceram as forças que estiveram por detrás dos ataques que
visavam a destruição da democracia. Continuam activas e focadas em romper o
consenso nacional em torno do regime democrático. A estratégia deste tipo de
forças, um pouco por todo o lado, passa por fomentar grandes clivagens
políticas, abrir cisões no corpo social e transformar o conflito democrático,
com as suas regulações pelo direito, num clima de guerra civil larvar.
Antigamente, as forças de extrema-direita agiam em nome da ordem, aproveitando
momentos mais conflituais para eliminar a democracia. O que se passa neste
momento, porém, é diferente. São essas forças que geram instabilidade e
provocam conflitos fora da ordem legal. O objectivo é eliminar os regimes
democráticos, o controlo do poder pela lei democrática e instaurar estados
autoritários. Contudo, o ponto inicial da estratégia é sempre o mesmo: romper o
consenso e transformar adversários políticos em inimigos. Isto não se passa
apenas nos EUA e no Brasil. Passa-se na Europa e passa-se em Portugal.
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