Constante Puyo, Chant Sacré, 1900 |
Na penumbra, o silêncio abre-se para que as vozes se elevem e o cântico se erga para além das nuvens, fundindo-se na música etérea das esferas celestes. Então, é o universo que tece um rosário de louvores ou esculpe, no mármore dos sons, os hinos que, fendendo a hierarquia dos anjos, pairam diante do rosto divino. As mulheres que cantam recolhem-se no som que sai das suas gargantas e todo o seu corpo repousa transparente para que a beatitude que as habita se torne visível aos olhos do mundo.
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