Um retorno ao fado aristocrático com Maria Teresa de
Noronha. Nome grande do fado nos anos quarenta, cinquenta e sessenta, uma
autêntica cantora da Rádio. Só abandona a Emissora Nacional em 1968. A
Mouraria, um dos bairros mais populares de Lisboa, é um símbolo do fado. De
certam maneira este título, Mataram
a Mouraria, anunciava a morte do fado, o que, como sabemos hoje, estava
longe de ser verdade. Repare-se na conexão entre fado, Mouraria, tradição,
passado. Todas estas palavras são topos essenciais
do fado e de uma certa alma nacional. A que se acrescenta a inevitável saudade.
“Enquanto houver portugueses / Ninguém diga em Portugal/ Que vai morrer o
passado”, canta Maria Teresa de Noronha. Talvez isto explique muito do que
somos e do que fazemos ou não fazemos.
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