sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Complacência

Gerardo Rueda - Alcalá (1960)

Barcelona grita "no tinc por" (não tenho medo) escreve o El País, referindo-se ao minuto de silêncio, de hoje, na Praça da Catalunha de Barcelona. Cerca de 130 mil pessoas estiveram presentes. O problema de tudo isto é que, na verdade, estas reuniões, estes minutos de silêncio, estas afirmações sobre o não ter medo são, na verdade, confissões de uma impotência humilhante perante uma realidade cuja natureza, por complacência, estamos longe de querer compreender. Começamos a ficar cansados de minutos de silêncio e de demonstrações vazias de coragem. Os países ocidentais parecem, apesar do terror, fascinados pelo Islão, de tal maneira que persistem num estado de negação perante a conexão entre este tipo de comportamentos e a estrutura ideológica do Islão. Enquanto não se perceber o que é o Islão enquanto ideologia de dominação do mundo, quais as suas reais pretensões e a forma como se desmultiplica para as atingir, nunca se compreenderá por que motivo há gente disposta a matar inocentes (para os assassinos os inocentes são o inimigo, mesmo que sejam crianças recém-nascidas). Há um momento em que a complacência se torna traição.

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