Ilse Bing, Kloster Reichenau am Bodensee, 1929 |
A evolução da pandemia pelo mundo e também em Portugal
parece indicar que o problema veio para ficar, que o vírus se instalou e que
temos de conviver mesmo com a sua presença e a ameaça que ela representa. Nos
últimos dias, os instintos dionisíacos têm-se manifestado com alguma potência,
com pessoas a procurarem grandes aglomerações perante o olhar de um Apolo
perplexo, que parece agora, com as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro,
querer reagir e instaurar uma ordem mais severa. Se as pessoas pensavam que era
uma questão de semanas ou mesmo de alguns, poucos, meses, que tudo voltaria ao
exacto ponto onde nos encontrávamos, estão a descobrir que a realidade não é
bem assim. Parece que vai ser uma longa viagem, onde teremos todos de aprender
a viver de uma outra maneira. Se não quisermos cair no mais fundo pessimismo e
se um princípio de esperança fizer sentido, ele estará encerrado nas palavras
encontradas numa obra medieval de autor desconhecido, Tratado da Casa Interior ou da Edificação da Consciência. A certa
altura, o autor diz: e aquilo que fatiga
o lutador coroa o vencedor. Tal como as coisas se apresentam nesta hora, só
uma luta persistente e cansativa – contra o vírus, mas também contra hábitos e
valores ainda em vigência – coroará, se coroar, o vencedor. Parece que precisamos tanto de uma nova casa exterior como de uma interior, para podermos habitar neste novo mundo.
Como os telemóveis, a máscara veio para ficar. Não restam quaisquer dúvidas.
ResponderEliminarÉ pena que muita gente não pense nesse facto e esqueça que está a pôr a sua e a vida dos outros em risco, ao não usar máscara e/ou viseira.
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Um dia feliz
Saudações poéticas
É verdade, a máscara parece ter vindo para ficar e, depois, o nosso grau de consciência cívica deixa um bocado a desejar.
EliminarCumprimentos e um resto de bom-dia.
Será que o Homem tem a pandemia que merece?
ResponderEliminarAbraço
Talvez tenha feito alguma coisa por ela.
EliminarAbraço