Tem sido dada muita atenção, e justificada, aos resultados eleitorais da AfD, um partido alemão de extrema-direita, nas eleições dos estados da Turíngia e da Saxónia. Contudo, o BSW, do pólo oposto, não é menos interessante. É um partido centrado na figura de Sahra Wagenknecht, o que não é muito habitual em partidos de esquerda e de extrema-esquerda, que tendem a salientar como marca a ideologia e não tanto os chefes, mesmo quando, chegados ao poder, se entregam ao culto da personalidade. Isto faz lembrar os partidos de extrema-direita centrados em figuras com Le Pen em França, Ventura em Portugal, Meloni em Itália, etc., mas de um forma ainda mais personalizada, com o nome da dirigente máxima a figurar no nome do partido. Estamos perante um populismo de esquerda que, curiosamente, também é anti-imigração e, ainda por cima, contra a ajuda à Ucrânia e as sanções à Rússia. A Alemanha parece estar a passar por uma forte convulsão política, enquanto o SPD (centro-esquerda), o principal partido do governo, se vai afundando.
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