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Não é perturbante que um dos argumentos mais sonoros de Donald Trump seja a de os imigrantes andarem a comer animais de estimação. Cães, gatos e, agora, gansos (aqui). No fundo, isso está de acordo com o seu universo mental. Perturbante é que isso não leve a uma debandada radical dos seus apoiantes. Há um povo trumpiano disponível para crer seja no que for que venha do seu candidato. Mesmo quando há deserções do campo republicano, como a do Procurador-Geral Alberto Gonzales, conselheiro presidencial do republicano George W. Bush no primeiro mandato deste, essas situam-se nas elites do partido e em pessoas que percebem claramente que Trump é uma ameaça ao Estado de direito (aqui). O Estado de direito, uma das grandes conquistas civilizatórias do Ocidente, não é coisa que mobilize os eleitores republicanos para a sua defesa. O que os preocupa mesmo é que, para além de cães e gatos, também os gansos estejam na mira de imigrantes haitianos. Não tarda, ainda comerão vacas, porcos, galinhas e patos.
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