George C. Bell, Interpretive dancing study, 1924 |
São múltiplos os motivos que levam os seres humanos a dançar. A maioria, talvez, será movida pela inquietude do deus Eros. Contudo, sob os motivos manifestos presentes em cada um que dança, existe uma outra razão, mais funda e, por isso, esquecida. Dançar é a expressão de uma guerra contra a condição caída. Em cada gesto esconde-se um combate com a gravidade e um desejo de imponderabilidade, como se o céu fosse para a humanidade a casa a que só as aves, pelo seu corpo, podem habitar. E desse desejo nasce a beatitude que se espelha no corpo de quem se entrega à disciplina da dança.
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