Abel Manta, sem título, 1932 (Gulbenkian) |
Há imagens que perduram como se fossem marcos a assinalar as etapas de uma viagem. Vivem puras e livres, mesmo que a realidade que as trouxe se tenha dissolvido. Uma certa ruralidade que inundou este país até tarde permanece na memórias de muitas gerações ainda vivas. Há uma resistência feroz ao esquecimento, tecida na lentidão com que a vida se desenrolava naqueles dias, uma vida incrustada na argamassa da pobreza e no barro de um atraso ancestral, como se uma tradição tenaz prendesse os homens num mundo imutável.
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