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Ricardo da Cruz-Filipe, Questions du Réel, 1976 |
terça-feira, 19 de janeiro de 2021
Simulacros e simulações (9)
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
A Garrafa Vazia 40
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Juán José Vera, Suburbio, 1963 |
domingo, 17 de janeiro de 2021
Nocturnos 47
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Sebastian Pether (atribuído), Moonlit river landscape with a ruined priory |
sábado, 16 de janeiro de 2021
Beatitudes (37) Junto ao mar
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Caspar David Friedrich, Monk by the Sea, 1809 |
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
A coluna infame
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Francisco de Goya, Esto es malo, edição de 1863 |
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
O perigo das palavras em política
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Darío Villalba, Caída, 1992 |
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
A Garrafa Vazia 39
terça-feira, 12 de janeiro de 2021
Simulacros e simulações (8)
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Ed van der Elsken, Pour Aller Faire L’amour, Paris, 1952 |
segunda-feira, 11 de janeiro de 2021
A infantilização da política
domingo, 10 de janeiro de 2021
Nocturnos 46
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Maxfield Parrish, At Close of Day, 1941 |
sábado, 9 de janeiro de 2021
Uma visita à direita nacional
A sondagem da Aximage, para o DN/JN/TSF, referente ao mês de
Dezembro, dá ao CDS uns miseráveis 0,3%. Os partidos também morrem e o CDS está
moribundo. Teve um importante papel na transição à democracia e, também, na
vida democrática institucionalizada. No início, integrou, no novo regime,
muitos eleitores simpatizantes da ditadura. Fê-lo, assumindo sempre uma posição
claramente democrática. Foi um parceiro importante de soluções governativas.
Talvez seja há muito um cadáver adiado, que apenas o talento de Paulo Portas evitou
morte mais precoce. O erro de casting da actual liderança, depois da
desilusão Assunção Cristas e do aparecimento de outros partidos à direita,
parece indicar que tudo vai acabar mal.
A Iniciativa Liberal (IL) está em consolidação e abre uma pequena brecha numa cultura política avessa ao liberalismo. Sem capacidade de penetrar no eleitorado popular, possui algum poder de atracção no mundo universitário e em sectores empresariais mais jovens ou com maior formação. Herdará eleitores do CDS. Se conseguir, nas próximas eleições, eleger um grupo parlamentar, abrirá o caminho para afirmar, em Portugal, uma corrente ideológica plenamente liberal, como acontece em múltiplos países europeus. Sem problemas, será parte de uma eventual solução governativa de direita.
O Chega veio dar voz ao ressentimento com a democracia. O partido advoga um liberalismo radical na economia e um conservadorismo também radical em matéria de costumes. Atrai o seu eleitorado, que na verdade não compreende o programa e as consequências que teria a sua aplicação, através da exploração histriónica de causas ao gosto popular, como o ódio aos políticos ou a certas etnias e grupos sociais. O seu principal trunfo é o seu principal problema: O Chega é André Ventura. Sem o hooliganismo político encenado pelo líder, o partido é nada. Todavia, mesmo na Europa, o hooliganismo pode ter mais força do que se pensa e degradar a vida política a níveis inimagináveis.
O PSD vive uma situação crítica. A forma de fazer política de Rui Rio não é particularmente clara, o que deixa as bases numa situação de perplexidade. Isso alimenta sonhos sebastianistas internos, como o do retorno de Passos Coelho à liderança. No entanto, esta crise – que é real – não tem nenhuma novidade. O PSD, tal como o PS, são partidos de poder. Sempre que passam para a oposição entram em crise. Chegados ao poder, a crise passa com a distribuição de lugares e o glamour que o poder ostenta. Nos partidos de poder, crise é estar fora do poder. Com ou sem Rui Rio, é apenas uma questão de tempo até a crise passar.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2021
A Garrafa Vazia 38
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Pablo Picasso, Busto de hombre escribiendo, 1971 |
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
EUA, uma ferida narcísica
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Frank Frazetta, Encabezamiento para el correo del lector de Famous Monsters of Filmland |
O narcisismo norte-americano, que leva muitas vezes uma das
mais velhas democracias do mundo a actos inaceitáveis, sofreu ontem um rude
golpe com as imagens da invasão do Capitólio para sabotar a nomeação de um
Presidente legitimamente eleito. Os EUA vangloriavam-se, com alguma razão, de
serem os defensores do mundo livre e do seu governo estar sujeito às regras da
democracia e do Estado de direito. Ontem, porém, uma multidão inflamada por um
presidente derrotado, mas incapaz de assumir a derrota, transformou os EUA,
perante todo o mundo, numa autêntica república das bananas. Nenhum respeito
pela democracia, pela lei e pela ordem. Foi nisto que deu a retórica de fazer a
América grande de novo. Humilhá-la pura e simplesmente.
Os Estados Unidos sempre se supuserem estar no centro do mundo democrático. Ontem, porém, perceberam que essa sua posição é muito menos sólida do que os americanos supunham. Estiveram a milímetros de se tornarem numa autocracia, submetidos ao arbítrio de um déspota. A ferida narcísica que ontem se abriu talvez não arrede os EUA do centro do mundo democrático. No entanto, ela vai sangrar e, espera-se, que conduza aos que são verdadeiros democratas – tanto no campo democrata como no republicano – a uma profunda reflexão sobre a fragilidade não apenas das instituições, mas da própria democracia. Ontem os EUA foram confrontados com a realidade, com a sua realidade. Veremos se têm capacidade de não fechar os olhos e lidar com o monstro que os habita.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2021
Descrições fenomenológicas 62. Paisagem em azul
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Esteban Vicente, Goyescas, 1983 |
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Beatitudes (36) Serenidade
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Ulrika Victoria Åberg, Landscape in Germany, 1860 |
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
Perfis 12. O actor
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Ed Clark, Marlon Brando, 1949 |
domingo, 3 de janeiro de 2021
A Garrafa Vazia 37
sábado, 2 de janeiro de 2021
Nocturnos 45
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Fred Herzog, Jackpot, 1961 |