Miguel Soares, Science Fair1, 2008 |
Barcos de areia e salitre,
palavras de água.
Lentas constelações
abrem-se sonâmbulas
para o rumor da noite,
para o silvo da lua.
Um império de ondas,
a pela branca
presa na sombra,
o tempo, corda
esgarçada dos dias
na fímbria da roldana.
De tudo isso, uma luz,
um sopro na voz,
o sangue derramado
no lugar vazio,
no ressoar do timbale,
no eco do teu nome.
(1998)
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