terça-feira, 23 de julho de 2024

Ensaio sobre a luz (120)

Manuel Casimiro, La mer, 1979 (Gulbenkian)

Olhemos lentamente as águas do mar, deixemos o olhar deslizar pela inquietação sem fim, até que tudo se torne claro e possamos ver o jogo infinito entre água e luz. Num primeiro tempo, as águas revoltas prendem a luz que sobre elas caem. Depois, cansadas da luminosidade que as habita, vão libertando, para quem sabe ver, a luz agrilhoado no segredo das suas moléculas, no visco dos átomos, no mais fundo e imaterial que há em si.

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