Bartolomeu Cid dos Santos, Terra Incógnita (Gulbenkian) |
Descer
pela escada viva da terra
ao
palácio sombrio do vento norte.
Encontrar
na viagem a boca ferida,
a
gruta do desejo então desperta.
Um
caminho sinuoso na memória,
a
palavra de fogo desenhada,
símbolo
de sal e solidão,
no
interior vivo da poeira nocturna.
Rasgada
a crosta crua da terra,
o
sussurro do vento ressoa
na
ondulação levedada do silêncio.
Um
comércio de luz e sol abre
sinais
e segredos ao cântico da vida
erguendo-se
na morada da morte
Maio de 1993
[Conjunto
de três poemas pertencentes à série Cânticos da Terra Amarela]
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