Aubrey Phillips - A Calm Evening
São assim, plácidas, as tardes de domingo. Nelas adormecemos tocados pela melancolia do rio que passa. Uma hora e outra, mais outra ainda. O domingo aproxima-se da foz e não há barqueiro que, nesse rio, deixe o barco flutuar. Nas tardes de domingo, não sonhamos, porque sonhar é uma árdua tarefa que o corpo, exausto de ilusões e desejos, logo recusa. Lá fora, o sol ainda ilumina as ruas, esboça segredos, anuncia a glória da noite. Para lá desta janela, tudo é domingo e a minha alma, tranquila, endominguece com o sol pálido que, entre sombras, se entrega ao silêncio da tarde.
Uma subtil pitada de melancolia para temperar um belo "naco" de prosa.
ResponderEliminarVotos de um bom fim de tarde.
Abraço
Os domingos são sempre melancólicos, então as tardes chegam a ser insuportáveis.
EliminarAbraço